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terça-feira, 30 de outubro de 2012

Unidade 1 - Áreas Rurais em Mudança


Introdução 



Na unidade 1 do primeiro capitulo do 11º ano, iremos falar sobre as áreas rurais em Portugal, as suas características,os seus problemas e também sobre aquilo que se tem feito para alterar esta situação, quer por parte do governo português, quer por parte da União europeia.

No contexto dos países da UE, iremos proceder à caracterização da PAC, das suas reformas,dos seus benefícios à comunidade europeia e também dos seus aspectos negativos.


segunda-feira, 29 de outubro de 2012


 Áreas rurais em mudança


A actividade agrícola tem vindo a perder importância na população agrícola e na economia portuguesa. 


Em 2005, a agricultura representava apenas 2,8% do PIB nacional, metade do que era há 15 anos.

A UE também sofreu uma grande diminuição da contribuição da agricultura no PIB.

Esta perda de importância deve-se, principalmente, ao desenvolvimento das actividades dos sectores secundário e terciário. 
A partir dos anos 60 as pessoas abandonavam as áreas rurais e instalavam-se nas cidades para se ocuparem dos sectores secundário e principalmente, o sector terciário.

Apesar da modernização de alguns sistemas de produção, sobretudo após a adesão à UE em 1986, a agricultura continua a enfrentar graves problemas relacionados com os níveis de rendimento e produtividade, a adequação dos usos do solo às suas aptidões, a população envelhecida, a formação profissional e os níveis de instrução.

domingo, 28 de outubro de 2012

Caracterização das regiões agrárias de Portugal Continental



                                                                                                                



População ativa no setor primário em Portugal



Agricultores portugueses são os mais velhos da Europa

Publicado em 2011-06-02




É homem, tem 63 anos e a quarta classe. Este é o retrato-tipo do agricultor português, o que torna Portugal no país europeu com agricultores mais velhos e com menor número de jovens a trabalhar nos campos: apenas 2,5% têm menos de 35 anos.

O último recenseamento agrícola do Instituto Nacional de Estatística (INE), publicado este ano, dá conta do envelhecimento acelerado: quase metade dos agricultores portugueses (48%) tinha, em 2009, mais de 65 anos.
Na União Europeia (UE), os agricultores mais velhos representam apenas 34% do total e os mais novos rondam os 7%, de acordo com o Conselho Europeu de Jovens Agricultores.
Em 2009, a população agrícola familiar, onde se inclui o produtor agrícola e a sua família, totalizava 793 mil pessoas, ou seja, 7% de portugueses.

Mas entre 1999 e 2009, a população rural "envelheceu consideravelmente", diz o INE. A média de idades passou de 46 para 52 anos e as faixas etárias mais jovens perderam importância: actualmente apenas um terço da população rural tem menos de 45 anos, o que representa um decréscimo de 11%.
O Algarve é a região com população mais envelhecida, com uma média de idades de 58 anos, enquanto os Açores se situam no extremo oposto, com uma média de 42 anos.
                                                                                                                              Fonte: Jornal de Notícias
Análise da notícia e relacionamento com os conteúdos leccionados 

Através desta noticia encontramos um dos principais problemas da agricultura portuguesa:a população envelhecida e também o baixo nível de instrução.

A população agrícola em Portugal, é hoje, muito envelhecida, tem uma média de idades de 58 anos

O envelhecimento da população agrícola condiciona imenso o desenvolvimento da actividade porque:

  1. Dificultam a introdução de novas tecnologias e novos métodos de produção, devido à sua condição de idosos e de já pensarem não ser necessário aprender mais nada.
  2. Com muitos idosos o país tem uma mão de obra com pouca vitalidade, ou seja, pouco rejuvenescida e pouco apta para o trabalho e para as suas implicações.
  3. Na sua maioria são muito pouco qualificados e pouco instruídos (têm apenas o 4ºano) e por isso também não contribuem para a reforma agrícola na questão de se ter uma população muito qualificada e instruída, apta para enfrentar os desafios do mercado actual.
Verificamos isto nos seguintes gráficos:














Uma baixa qualificação profissional, quase somente baseada na prática que é transmitida geração após geração( 92%) e algumas pessoas (4%) com cursos de curta duração e pouquíssimas pessoas com cursos de longa duração ou completa.













Uma população agrícola muito pouco instruída, a maioria tem apenas o 4ºano,e existem alguns que são analfabetos.
Poucos são que possuem o 2ºciclo, ensino secundário ou um curso superior.

As regiões mais instruídas  são o Alentejo e Ribatejo e Oeste.
A região menos instruída é destacadamente a Região Autónoma da Madeira.












Como já foi dito a população agrícola portuguesa é envelhecida estando os agricultores com uma média de 58 anos de idade.

Neste gráfico podemos observar que a região dos Açores é a mais jovem e que a região do Algarve é a mais envelhecida.

sábado, 27 de outubro de 2012

Os factores condicionantes da actividade agrícola
     Factores humanos - Tecnologias                Factores Físicos - Precipitação


A agricultura é influenciada por factores físicos e humanos.

Um dos factores físicos que mais condiciona a agricultura no nosso país é o clima.

Por exemplo, numa região com uma elevada precipitação, é normal que a produção agrícola seja mais alta que uma região de pouca precipitação.
Outro exemplo é o relevo, ou seja, em regiões planas a fertilidade dos solos é maior que em regiões com relevo mais acidentado.

Como exemplo de um factor humano podemos identificar as tecnologias e os práticas utilizadas, ou seja, uma agricultura moderna é mais produtiva que uma agricultura de subsistência.

Os objectivos da produção também influenciam a a agricultura, um produção destinada ao mercado será, obviamente mais produtiva que uma destinada ao consumo próprio.


quinta-feira, 25 de outubro de 2012

A política agrícola comum e as formas de potencializar a agricultura em Portugal

                           
 A política agrícola comum




Com o final da 2ª guerra mundial a Europa encontrava-se devastada, não só se perderam milhões de vidas como também os campos agrícolas foram destruídos no decorrer das hostilidades. 
Em 1957, foi fundada a CEE(Comunidade Económica Europeia) que visava unir os membros e assim fazer uma Europa melhor.

A PAC (Política Agrícola Comum) foi criada em 1962, tendo como objectivos principais assegurar o aumento da produção agrícola na CEE, manter um equilíbrio entre a cidade e o campo, valorizar os recursos naturais e preservar o ambiente, e garantir aos agricultores um rendimento em conformidade com os seus desempenhos.

Os objectivos da PAC foram concretizados(a produção tinha triplicado) mas geraram problemas: a criação de excedentes  e a graves problemas ambientais decorrentes da agricultura modernizada. 

Desde então, para tentar diminuir estes problemas a PAC sofreu algumas reformas:

Em 1984, foi instituído o sistema de quotas, que limitava a produção por país
Em 1988:
  1. Estabeleceram-se os controladores agro orçamentais; 
  2. Iniciou-se a aplicação do set-aside que limitava as terras cultivadas; 
  3. Incentivou-se as pessoas mais velhas a aposentarem-se;
  4. Concedia-se prémios a quem reduzisse a produção, de forma a diminuir os excedentários

Em 1992, a PAC tinha como principais objectivos  a promoção do respeito pelo meio ambiente e também o equilíbrio entre a oferta e a procura.

A PAC de 1999, pretendia reforçar as ideias da PAC de '92, que se baseava na preservação do meio ambiente, do desenvolvimento rural, da segurança ambiental e também de uma agricultura sustentável.

Em 2003, a PAC reforçava os objectivos referidos em '99, principalmente relativo ao desenvolvimento dos espaços rurais. 

terça-feira, 23 de outubro de 2012

A PAC na agricultura portuguesa





















Antes da adesão à CEE a agricultura portuguesa era profundamente marcada pelo seu baixo grau de desenvolvimento: os produtos portugueses teriam de competir a preços mais baixos do que os até aí existentes, contando com um capital humano e uma estrutura tecnológica claramente em desvantagem em relação aos restantes parceiros europeus.

No momento da adesão à CEE, Portugal precisava de políticas que promovessem a produtividade da sua agricultura e não das medidas da PAC (que pretendiam limitar a produção). 

Estas reformas implicavam medidas de controlo de produtividade e de penalização de excessos de produções. A lógica do aumento da produtividade para reduzir os excedentes foi totalmente invertida em Portugal, visto que o país estava a diminuir excedentes que na verdade nunca existiram. 

Portugal esteve a ser pago para não produzir(através de medidas como o set-aside). Factores como preços agrícolas a cair, maiores rendimentos (crescimento económico bastante positivo) e taxas de juro mais baixas levaram ao aumento da procura e consumo de bens agrícolas, que pela falta de produção interna resultaram num aumento das importações deste tipo de bens. 

No entanto a PAC teve alguns aspectos positivos para a agricultura portuguesa:
Fez aumentar a dimensão média das explorações de 6,3 para 9,3 ha e também fez aumentar os investimentos em infra estruturas fundiárias, tecnologias e também na formação profissional dos agricultores

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Formas de potencialização da agricultura portuguesa














·  Reforçar a competitividade:

A modernização (tecnologia e infraestruturas) dos meios de produção é essencial para aumentar a produtividade agrícola e a competitividade nos mercados internacionais.
reestruturação das explorações, através do emparcelamento, que irá possibilitar a redução de tempo e menores custos.

·  Valorização dos recursos humanos
A Potencialização do sector agrícola passa também pela valorização dos recursos humanos, ou seja, da necessidade de mão-de-obra jovem e consequentemente mais qualificada.
Isto pode ser obtido através da criação de condições vida atractivas à fixação da população jovem e também de condições para que os jovens se possam dedicar à actividade agrícola.

·   Garantia da sustentabilidade
Através da prática de meios sustentáveis como a agricultura biológica e de outras práticas ecológicas como a produção de energias renováveis.

· Rentabilizar os espaços rurais através do Turismo de Espaço rural(TER)