Antes da adesão à CEE a agricultura portuguesa era profundamente marcada pelo seu baixo grau de desenvolvimento: os produtos portugueses teriam de competir a preços mais baixos do que os até aí existentes, contando com um capital humano e uma estrutura tecnológica claramente em desvantagem em relação aos restantes parceiros europeus.
No momento da adesão à CEE, Portugal precisava de políticas que promovessem a produtividade da sua agricultura e não das medidas da PAC (que pretendiam limitar a produção).
Estas reformas implicavam medidas de controlo de produtividade e de penalização de excessos de produções. A lógica do aumento da produtividade para reduzir os excedentes foi totalmente invertida em Portugal, visto que o país estava a diminuir excedentes que na verdade nunca existiram.
Portugal esteve a ser pago para não produzir(através de medidas como o set-aside). Factores como preços agrícolas a cair, maiores rendimentos (crescimento económico bastante positivo) e taxas de juro mais baixas levaram ao aumento da procura e consumo de bens agrícolas, que pela falta de produção interna resultaram num aumento das importações deste tipo de bens.
No entanto a PAC teve alguns aspectos positivos para a agricultura portuguesa:
Fez aumentar a dimensão média das explorações de 6,3 para 9,3 ha e também fez aumentar os investimentos em infra estruturas fundiárias, tecnologias e também na formação profissional dos agricultores
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